terça-feira, 24 de novembro de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um Grande Pesadelo


Instantes depois, acordou. Sentiu uma brisa gelada no pescoço e abriu dificilmente os olhos, espreguiçando-se. Para se grande espanto, não viu ninguém. O comboio que outrora estava apinhado de gente, agora estava vazio. Era um vazio gelado, medonho e até parecia que não havia cor; era um preto e branco muito assustador.
Como era jovem, destemido e muito curioso, decidiu ir ver o que se passava.
Avançou para a próxima carruagem e não havia sinais de vida. Avançou mais uma e continuou sem ver ninguém e assim, sucessivamente até que chegou à locomotiva. O rapaz rezava para que estivesse lá o maquinista mas, quando abriu a porta, também não estava lá ninguém. Assustado, olhou pela janela e viu um grande vazio, negro como o Universo, até que começou a ver um ponto sinistro a aproximar-se… Aproximava-se cada vez mais, a cada momento, ficava maior, maior, e MAIOR até que…
Acordou com um salto tremendo e, para seu espanto, tinha sido um sonho, o sonho mais estranho que tivera até lá. E novamente viu o comboio cheio de gente…
Virgílio

Viagem de Comboio




A viagem ainda era bastante longa, mas havia muita gente ainda de pé, a correr. A gente crescida tentava adormecer mas a canalhada corria de carruagem em carruagem. Elas sim, abstraiam-se do frio que entrava pelas ranhuras das paredes do comboio e do gelo que cobria os vidros com uma espessa camada.
Mas o comboio lá ia, sem parar. Apetecia-lhe dormir, e foi isso que Pedro fez. Parecia que os ruídos do vento tinham parado e que o silêncio tinha invadido o comboio e as pessoas que lá se refugiavam.
De repente, uma travagem brusca faz Pedro acordar. Este abre os olhos e olha para todos os lados do comboio. Não via ninguém. Esfregou bem os olhos, mas nada mudou. Então, levantou-se e foi passando carruagem a carruagem e o silêncio instalava-se cada vez mais. Foi então que, subitamente, decidiu ir ver o maquinista. Mas quando lá chegou e abriu a porta, nada viu. Não sabia onde estava, então pensou em espreitar pela vidraça do comboio. Porém, a espessa camada de gelo não deixava ver absolutamente nada.
De repente, ouviu um barulho. Era um barulho não muito estranho. Parecia um barulho da buzina de um comboio. Foi à parte da frente da locomotiva, onde deveria estar o maquinista e ficou pasmado, quase sem respiração. Não estava lá o maquinista, mas o guiador e os botões moviam-se sem qualquer ajuda. Foi então que olhou para a frente e ficou ainda mais surpreendido.
O vidro não estava congelado e dava para ver perfeitamente que os carris estavam sobre o céu azul. Viam-se muitos aviões. Então pensou que só poderia ser um sonho. Voltou para o seu lugar. E a buzina voltou a tocar. Então acordou. Parecia magia, pois o silêncio foi substituído pela azáfama. Tinha sido mesmo um sonho. Um bom sonho e desejou repeti-lo e continuá-lo. Confortou-se no seu lugar e fechou bem os olhos. Adormeceu e subitamente ouviu uma buzina…



Diogo F.

quarta-feira, 25 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

CONTINUAÇÃO DA NARRATIVA

O comboio onde viajava estava apinhado de gente. Felizmente arranjou lugar sentado(a), pensava cansado(a) após tanta correria. A viagem era longa. A cabeça começava a pesar, os olhos queriam fechar, caía a noite…adormeceu.

A VIAGEM DE COMBOIO




Tinha conseguido comprar o bilhete à última da hora com as únicas moedas que ainda lhe restavam. No seu pensamento corria esperança, felicidade, alívio… Partia em direcção ao destino, que o levava para um lugar longínquo. Partia em direcção a uma oportunidade de continuar a viver.
No dia seguinte, logo pela manhã, alimentou-se de um bocado de pão que trazia no bolso, visto que não tinha dinheiro para mais. Era pobre e ia em direcção a países diferentes, continentes diferentes e, na sua imaginação, a mundos completamente novos onde a vida seria feliz. Tinha que sustentar a sua família, partiu…tinha que o fazer.
A viagem parecia não ter fim. Tudo parecia entrar num círculo vicioso e a fome apertava cada vez mais. Tinha de aguentar. Tinha de conseguir….Pensava que, mais tarde, voltaria para casa e voltaria a ver os seus filhos. Voltaria a ver a sua mulher. A sua cabeça atormentava-o, pensando também no que aconteceria à sua família, em caso de falhanço.
Tentava deixar esses pensamentos para trás. Tentava alegrar-se. Mas o lado do futuro incerto parecia ser mais forte do que ele. Tinha vontade de gritar, de exprimir o seu pensamento… mas conteve-se.
O comboio parou. Saiu esperançoso para a cidade, tentando recordar-se o mais possível da sua casa no campo e desejava nunca esquecer essa imagem.
Esse homem tornou-se um grande pensador e tudo por causa das agonias e contradições que viveu naquela viagem… Fez com que ele visse o mundo de maneira diferente.


Luís Diogo S.

UM SONHO MISTERIOSO




Enquanto dormia teve um sonho. Sonhou que estava a comandar um navio e, do nada, o navio transformou-se num submarino. Viu uma enguia a nadar para o fundo do oceano e seguiu-a até aos confins do mar, onde uma entrada escura e bem funda. A enguia entrou no buraco, ele teve receio, mas acabou por ir também.
Quando lá entrou, arrependeu-se, pois tinham caído vários pedregulhos na entrada. Não podia regressar. Estava preso nos confins do oceano, onde ninguém o encontraria. Mesmo assim, teve coragem e navegou pelo túnel abaixo. A certa altura, o túnel tornou-se mais escasso e o submarino não conseguia passar. Estava encalhado.
Para ele só havia uma solução, ir a nado. E lá foi ele a nadar, atrás da enguia, para descobrir os mistérios do oceano, o que lhe poderia custar a vida..
Passadas algumas horas, tinha chegado ao fundo do túnel. Nadou um pouco mais para a frente, mas não viu nada. De repente, um remoinho engoliu-o ainda mais para as profundezas do oceano. Passado algum tempo, por ter “bebido” tanta água, ficou inconsciente. Não sabia o que estava a acontecer.
Quando deu por si, deparou-se com sereias, focas e golfinhos e todos os animais marinhos existentes à face da terra. No meio de toda a confusão estava uma sereia com uma coroa, sentada num trono. Era a rainha de todos os animais marinhos.
O rapaz ficou estupefacto com o que via e porque conseguia respirar e falar. Perguntou à rainha:
 Onde estou? Quem são vocês?
 Nós, meu rapaz, somos do reino da água. Estes são os meus súbditos e eu sou a rainha.
 Quem me trouxe para cá? - perguntou o rapaz.
 Foi a enguia... Ela viu-te inconsciente e trouxe-te para aqui.
O rapaz agradeceu por lhe terem dado um sítio para dormir e por o terem salvado.
Ele ficaria lá até desencalharem o submarino e retirarem todas as rochas da entrada da caverna.
Gostava de lá estar, mas tinha chegado a hora de partir. O trabalho do submarino e das rochas estava acabado.
Agradeceu e despediu-se de todos os seres vivos, fazendo uma promessa:
 Quando chegar a terra, não contarei nada disto a ninguém.
Assim fez. Partiu do reino e regressou a casa, caindo num sono profundo.
Assim que acordou, viu-se no comboio onde viajava e disse.
 Tive cá um sonho!
 Eu reparei... parecia uma daquelas crianças que, quando adormecem, nunca mais acordam-
disse um senhor que estava sentado ao seu lado - que sonhaste?
 Isso já não lhe posso dizer. Fiz uma promessa...


João Pedro V.

EXPRESSO 1.2.3 – COMBOIO MÁGICO




Ao nascer o sol, o rapaz acordou e, num pulo rápido, levantou-se:
- Eu não estava nesta cabine- pensou ele- Estranho!
Saiu e foi explorar o comboio. Parecia que estava mais cheio no dia anterior.
O comboio estava agora quase vazio e as malas... Desatou a correr para a casa das máquinas, abriu a porta de rompante e deparou-se com uma estranha criatura.
- Quem és tu?- perguntou com as pernas a tremer.
- Como é que eu hei-de saber? - guinchou a criatura.
- Ora, tu és tu, portanto devias saber o teu nome!- exclamou o rapaz.
- Eu sou produto da tua imaginação, tu é que me tens de dar um nome – disse a criatura.
Super confuso, o rapaz olhou à sua volta e beliscou-se.
A tal criatura apontou para um cartaz que dizia:

“ EXPRESSO 1,2,3 DESTINO:?? BAGAGEM: APENAS SONHOS
MAX PASSAGEIROS: 1 HUMANO E NÚMERO INDEFINIDO DE CRIATURAS
INVENTADAS.”
O rapaz ia desmaiando, mas a criatura gritou:
- Não desmaies, senão eu morro!, e continuou – Se desmaiares, deixas de sonhar e talvez nunca mais voltes a ver-me.
Passados uns minutos de conversa, o rapaz apercebeu-se que estava num sonho profundo:
- Sendo assim, tu chamas-te...ah...NOZmoscardo! - exclamou.
- Obrigado, queria mesmo um nome...Olha, já estamos a chegar! - gritou Nozmoscardo.
- A chegar aonde?
O comboio parou. Olhando pela janela, o rapaz observou coisas fantásticas: um castelo que parecia ser feito de rubi, uma floresta imensa de árvores de natal, aldeias com imensos nozmoscardos e... por fim, viu a estação do comboio.
- Isto é fantástico, que sítio é este? - perguntou o rapaz.
- Só tu podes saber, aliás, tu podes até imaginar mais do que isto, só tens de adormecer!
E despediu-se.
O rapaz abriu os olhos e lá estava novamente no comboio barulhento, cheio e...MÁGICO!


Henrique F.

quinta-feira, 12 de março de 2009

O Porquê das Tartarugas


Eu vivo em casa com uma tartaruga, a Margarida. Ela tem uma carapaça, é verde como as outras tartarugas, mas o que eu vos quero mostrar é aquilo que esta tem de especial.
Eu sou, de certa maneira, parecido com a minha tartaruga, pois ela é muito pachorrenta, apesar de ser mais activa do que as companheiras da espécie: dá pequenos saltos da sua ilha tropical de plástico para o fundo do aquário, nada freneticamente e olha para mim a pedir comida, quando me aproximo. Mas, mesmo assim, nunca dispensa uma bela sesta, para não falar da sua maneira, que é, de certa forma, irritante, de hibernar.
Ter uma tartaruga é, sem dúvida, uma forma moderna de possuir um animal de estimação. Não implica tratar de uma caixa de areia ou levar o animal a passear, como certas bolas de pêlo que ladram e miam.
Uma tartaruga não é um animal que mostre tentativas dinâmicas de comunicação com o dono ou sinais de evidente lealdade, mas dá-nos a sensação de viver com um ser quase pré-histórico. Também nos recorda os grandes oceanos onde, um dia, ela nasceu. Não devemos ainda esquecer a sua estranha beleza extraterrestre, que nos reaviva na memória uma personagem emblemática, como foi para mim o E.T.
Resumindo, ter uma tartaruga é simplesmente genial!

Luís Diogo

domingo, 8 de março de 2009

Entrada no Diário...

Quinta-Feira, 12 de Março

Que dia complicado...

Hoje de manhã, quando o meu filho acordou com a cara cheia de borbulhas. Acabei por discutir com ele porque, ao telefonar para o Dr. Gray para marcar consulta, ele só podia atendê-lo na próxima segunda-feira e também porque o meu filho, ao ouvir isso, pediu-me para dizer que era uma “emergência” e eu achei que ele estava a exagerar.
Com isto, fui trabalhar e deixei-o sozinho em casa. Durante o trabalho reflecti sobre o que tinha passado de manhã ao meu filho e cheguei à conclusão que, se calhar, ele tinha razão e que as borbulhas eram mais alguma coisa. Tinha-me percepitado quanto à minha decisão e resolvi voltar para casa mais cedo.
Quando cheguei a casa, ele não estava, mas eu imaginei onde estivesse, muito provavelmente em casa dos avós. Liguei para lá e a avó dele disse-me que ele estava lá, mas pedi que não dissesse que tinha telefonado. Fiquei mais sossegada!
Como eu queria fazer as pazes com ele, resolvi preparar-lhe duas surpresas, que foram preparar para o jantar a sua comida favorita: esparguete à bolonhesa; e, para depois do jantar, um filme acompanhado com pipocas.
Quando ele chegou, sentamo-nos à mesa, jantámos e ele adorou a comida. De seguida, fomos para a sala ver o filme. Durante o filme expliquei-lhe o que se tinha passado, ele compreendeu e fizemos as pazes.
Esta foi a minha quinta-feira, 12 de Março, um dia que começou mal, mas que acabou bem com as pazes entre mim e o meu filho.
Adoro o meu filho!!!
Bárbara A.

SE EU TIVESSE UM GATO


Eu não tenho nenhum animal doméstico em casa, mas gostava de ter um gato. Por isso vou imaginar uma história como se eu o tivesse.
Gostava de o receber no Natal e gostava que ele tivesse olhos castanhos, que a sua pele fosse em tons de castanho, fosse pequenino para eu poder brincar com ele à vontade e que se chamasse Peter. Iria ter alguns cuidados no início para que ele se habituasse a nós. Teria que fazer algumas coisas antes que ele viesse para casa, tais como: arranjar um sítio para ele dormir, fazer as suas necessidades e comer, teria que ir ao supermercado comprar comida e leite, teria que arranjar um sítio para que ele pudesse ficar enquanto eu ia para as aulas, arranjar uma manta para ele e muitas outras coisas.
Teria ainda que acordar um pouco mais cedo que o habitual de manhã para ter tempo de lhe deitar comida e leite para que ele pudesse comer e beber quando acordasse. Quando voltasse da escola, depois de almoço, iria brincar e passear com ele. À tarde ele poderia ficar sozinho em casa a brincar na garagem. Depois, à noite, quando acabasse de jantar, vinha ver se ele tinha comida e se não tivesse deitava-lhe um pouco. Ia fazer o que tinha a fazer e depois iria buscá-lo para brincar um bocadinho com ele na sala. Quando fosse hora de eu ir para a cama, iria deitá-lo na sua cesta e metia-lhe a sua manta por cima para que dormisse quentinho. De vez em quando durante o dia, se eu visse que ele estava sujo, dava-lhe banho.
Eu gosto muito de gatos porque eles são muito fofinhos e peludos para podermos brincar com eles. Esta é a minha história se eu tivesse um gato em casa.
Bárbara A.

PIPOCA


A Pipoca é uma cadela, com apenas dois anos. Tem pêlo preto e castanho. É muito brincalhona e meiga. Tem um olhar terno e doce, que sinceramente enternece qualquer Ser Humano. Adora correr no campo dos meus avós, corre de um lado para o outro como se estivesse a participar numa prova desportiva.
Pipoca é um dos animais de estimação dos meus avós maternos. É um animal que lhes faz bastante companhia. Durante o dia anda à solta pela casa e pelo campo, e só à noite é presa na sua casota. Gosta imenso de comer, principalmente carne, mas, também come outras coisas, tais como biscoitos para cães, tostas e restos de comida.
Tem alguns brinquedos, mas aqueles que mais gosta são uma sanduíche e uma galinha que chiam. Gosta também de se encostar às pernas das pessoas como se essa fosse uma almofada. Quando está feliz salta para cima de nós e põe a língua de fora.
Não posso deixar de referir algo que aprecio muito, e que faz com que a Pipoca seja a eleita dentro dos animais de estimação dos meus avós, é o facto de ser como a sombra do meu avô. Ela não o larga desde manhã à noite, se ele estiver no campo ela está sempre a seu lado, e quando ele está dentro de casa, deita-se na varanda, em frente à porta da cozinha, e só sai de lá quando ele aparece. É uma ternura.

Preta e castanha, doida e com manha
Irracional não parece, pois sempre me obedece
Parceira e mimada, como ela não há mais nada
Opera não canta, mas ladra que até encanta
Corredora ela é, mais parece um chimpanzé
Altiva e esperta, está sempre alerta


Pedro T.