segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um Grande Pesadelo


Instantes depois, acordou. Sentiu uma brisa gelada no pescoço e abriu dificilmente os olhos, espreguiçando-se. Para se grande espanto, não viu ninguém. O comboio que outrora estava apinhado de gente, agora estava vazio. Era um vazio gelado, medonho e até parecia que não havia cor; era um preto e branco muito assustador.
Como era jovem, destemido e muito curioso, decidiu ir ver o que se passava.
Avançou para a próxima carruagem e não havia sinais de vida. Avançou mais uma e continuou sem ver ninguém e assim, sucessivamente até que chegou à locomotiva. O rapaz rezava para que estivesse lá o maquinista mas, quando abriu a porta, também não estava lá ninguém. Assustado, olhou pela janela e viu um grande vazio, negro como o Universo, até que começou a ver um ponto sinistro a aproximar-se… Aproximava-se cada vez mais, a cada momento, ficava maior, maior, e MAIOR até que…
Acordou com um salto tremendo e, para seu espanto, tinha sido um sonho, o sonho mais estranho que tivera até lá. E novamente viu o comboio cheio de gente…
Virgílio

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